domingo, 29 de maio de 2011

Pais , reféns dos próprios filhos

Ainda que nem todos os pais, nessa situação, reconheçam ou admitam, o fato é que eles se tornam reféns das vontades de seus filhos.

Por que isso está acontecendo? Quais serão as consequências no futuro?

Os bebês da atualidade, mostram-se muito precoces, pois estão recebendo grande quantidade de estímulos de ordens muito diversas, o que faz com que o processamento da informação no cérebro seja muito complexo e necessariamente muito veloz desde muito cedo. O cérebro do bebê de hoje é, portanto, muito diferente do cérebro do bebê de anos atrás.

Estamos criando superbebês. Os pais sabem disso e, com razão, se maravilham com as proezas de seus filhos, que parecem extremamente bem dotados. Eles interagem, andam, falam, leem mais precocemente, quando comparados aos padrões usuais de desenvolvimento.

Os superbebês se transformam nas supercrianças. São observadoras, curiosas e utilizam os meios eletrônicos de comunicação com destreza impressionante. Apreendem e aprendem tudo rapidamente, realizando associações e generalizações que nos surpreendem.

As supercrianças crescem e se transformam nos superadolescentes. Constroem seu conhecimento, manipulando inúmeros recursos tecnológicos quase que simultaneamente e acreditam que sabem tudo, mais que seus pais e professores. Muitas vezes sabem mais mesmo.

Os superfilhos são seres admiráveis sim e precisam do “olhar coruja” de seus pais , que é o olhar que incentiva e impulsiona o crescimento. Entretanto, eles necessitam também de princípios, valores, normas, regras que dirijam seu desenvolvimento e que lhes oriente o aprendizado da vida. Esses são os limites, tão necessários, que protegem e fortalecem a mente do bebê, da criança e do adolescente, ensinando a lidar com frustração, a tolerar esperas, a levar em consideração as outras pessoas e a fazer trocas afetivas e intelectuais.

Longe de afirmar que todas as famílias não estão funcionando bem. Existem pais que valorizam muito bem seus filhos, mas que também os educam para se transformarem em seres civilizados, disciplinados e eficientes na sua adaptação ao mundo.

Entretanto, existem famílias disfuncionais. Dentre elas, as famílias onde há uma inversão de papéis. Os pais, encantados com as habilidades de seus filhos, os colocam na posição de serem venerados. Essa posição não faz bem para ninguém, pois ao serem venerados, os filhos mandam, ganham um poder que não sabem administrar e tendem a manter seus pais em uma relação de domínio e subjugação. Os pais dominados têm medo de seus filhos: do escândalo das birras quando bebês, dos desafios e oposições quando crianças e da agressão e do desdém quando adolescentes. Os pais não reagem, se submetem e ainda justificam as atitudes dos filhos, dizendo serem eles donos de “personalidade forte”, “lideres natos”, etc.. Na realidade, estão confundindo teimosia e obstinação com perseverança; falta de educação com movimentos de afirmação; agressividade com força.

O fato é que a vida futura desses superfilhos não será nada fácil, pois pais são modelos de identidade e também modelos de autoridade. Pais frágeis, desvalorizados e desrespeitados são péssimos modelos para seus filhos. Esses crescem sem um adequado sistema interno de referência para a vida. São frágeis, sem consistência interna, pobres do ponto de vista psíquico. Apenas estão acostumados a mandar e esperam ser obedecidos. Tendem a encontrar dificuldades nos grupos onde se inserem, desde grupos sociais até grupos de trabalho. São marginalizados com freqência. Não foram ajudados a desenvolver suas competências necessárias às trocas interpessoais. Transformam-se em adultos que precisam ser tolerados muitas vezes, mas que não serão respeitados e queridos.

Assim, os filhos precisam ser amados e não devem ser venerados. São, nos dias de hoje, seres admiráveis, espertos, ávidos de informação e de novidades, mas que precisam aprender a obedecer, a ceder, a perceber e considerar o outro. Se limites são a maior prova de amor que os pais podem dar para seus filhos, um sistema de princípios, valores e de ética, é, com certeza, a maior herança que os pais podem deixar para eles.

Onde foi que perdemos nossa espontaneidade...




Recentemente me encantei com a forma que uma criança, de mais ou menos seis meses, expressou-se ao ver uma pessoa que gostava...
Mostrou alegria e contentamento com tanta espontaneidade que era visível o entusiasmo que estava sentido por ver aquela pessoa... e fazia tudo para demonstrar isso na forma que podia... mexendo os bracinhos... sorrindo... e dentro da sua linguagem, fazendo os sons que mostravam claramente sua alegria...

Pensei em quantos de nós, depois de adultos... ainda se manifesta espontaneamente sempre que a presença de alguém ou de alguma coisa lhe toca sinceramente o coração...

Somos sujeitos a tantas regras de comportamento... tantas memórias de dor por termos exposto nosso sentimentos com verdade... que quase sempre essa manifestação espontânea de apreço... de admiração, passa primeiro pelos muitos filtros e... no final, o que sobra pode ser só um cumprimento polido...

Todos querem nos colocar regras para que possamos nos inserir dentro da sociedade... dos grupos... das religiões... e, com isso, não cabemos mais em nós mesmos...
Vamos nos encolhendo daqui... acrescentando ali... para nos adaptar as muitas exigências que fazem para nos incluir nisso... ou naquilo...

Parece que temos que aprender como nos comportar para sermos aceitos como membros dos muitos grupos que andam por aí... só que esse padrão leva em conta regras estabelecidas por outros... e podem podar a espontaneidade e a nossa expressão mais genuína.

Sempre julgamos o outro a partir do nosso limitadíssimo ponto de vista, cujo exemplo somos nós mesmos.... Se alguém faz coisas que fogem ao nosso altíssimo padrão de exigência de como as pessoas devem ser, já excluímos ou taxamos de inadequado.

Porque não observar o outro... assim como observamos uma criança... e mesmo que sua ação fuja aos nossos padrões de normalidade... tentar ver a beleza que existe nas diferenças...

Quanto mais aceitamos o outro, mais aceitamos a nós mesmos porque o outro sempre está... também... dentro de nós.

Que limites estamos julgando estar sendo ultrapassados?
Quem colocou esses limites leva em conta o controle ou a fidelidade à Alma?
Vamos seguindo cegamente... tantas coisas... sem nem questionar o que estamos seguindo e quem criou essas regras..

Elas são mesmo o que nos toca o coração ou estamos sendo seguidores cegos de pessoas e idéias que não levam em conta a espontaneidade de cada um... o expressar-se com a Alma.

Voltando à criança... como seria bom se ao invés de ensinar a elas o que é feio e o que é bonito... de acordo com as muitas regras duvidosas que aprendemos... tivéssemos o cuidado de não podar o que elas têm de mais puro... tivéssemos o cuidado de não colocar artificialidade e imitação, no lugar da espontaneidade e da alegria natural... de quem se expressa com a inocência...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Assexualidade

ASSEXUALIDADE

Sinônimo: desprovido de desejo sexual, ausência de desejo sexual

O que é?

Orientação de nome praticamente autoexplicativo, mas que não deve ser confundida com o celibato, que é a abstinência deliberada de atividade sexual. Ou seja, enquanto que no celibato escolhe-se pela privação da intimidade sexual ainda que haja o desejo, a assexualidade é uma parte intrínsica da condição do envolvido. Os assexuados não tomaram tal decisão, eles simplesmente não possuem desejo sexual, e não se importam com isso

Assim, assexualidade não tem nada a ver com castidade, com disfunção sexual ou moralidade. Atualmente, as pessoas estão buscando compreendê-la fazendo com que muitos a defendam, não como uma patologia, mas uma orientação sexual legítima, ainda que há quem afirme que tal critério se encaixa no distúrbio de hipoatividade sexual, ou mesmo no da aversão sexual

O que se sente?

Pode-se dizer que é uma identidade e uma forma de descrever o estilo de vida caracterizado pela falta de atração sexual por qualquer um dos gêneros. Para alguns, também compreende a falta de atração romântica e há aqueles que sentem pouca necessidade de relacionamentos interpessoais e, ainda, os que mantêm uma ampla rede de amigos, o que lhes oferece suporte emocional necessário.

As necessidades emocionais são as mesmas, variando a forma como são supridas. Se, para muitos, o sexo é uma parte chave na ligação entre as pessoas, não necessariamente para outros ele é a única expressão possível de amor. A realização pode vir do carinho, da compaixão, da proximidade, da empatia e da aceitação.

É preciso deixar claro que ser assexuado não significa não gostar ou ir contra o ato sexual, embora há quem se encaixe nessa categoria, mas demonstra a falta de interação com outras pessoas em uma base sexual. Os sentimentos não se perdem. Uma pessoa que se diz assexuada pode se apaixonar por outra, amá-la e ser feliz, ainda que nunca se sinta sexualmente atraída e tenha necessidades sexuais.

Não há vergonha, oposição ou medo nisso.

O sexo é aceitado como natural, só que não se envolvem pela falta de desejo. Ou seja, ainda que experimentem a atração, não necessariamente sentem necessidade de expressá-la sexualmente. Alguns até podem experimentar diferentes níveis de excitação sexual ocasional, ainda que não esteja associada ao desejo de haver parceiros sexuais, e sentem-se mais à vontade se masturbando, num impulso mais fisiológico.

Para fazermos parte da sociedade ocidental, temos que ter uma vida sexual ativa, em que a sexualidade é uma parte essencial e de interação. Num mundo que valoriza tanto a expressão sexual, pode ser difícil imaginar que existam pessoas que se identifiquem como assexuadas. Muitos podem até se sentir cobrados socialmente, passando a se questionar se são normais por se sentirem assim.

A contrário do que podem pensar, tal atitude não gera incômodo, mas, muitas vezes, são os outros que se sentem incomodados pelo jeito de ser do indivíduo assexuado. Assim, o que percebemos é que tais indivíduos não veem a falta de excitação como um problema que precisa de tratamento

Não há nenhum teste capaz de determinar a assexualidade. Mas, de qualquer forma, mais do que curar, é preciso aceitar tal orientação. Qualquer que seja o significado, ser assexuado diz respeito a não ser sexual, não se importar com o sexo, e não ver a falta de excitação sexual como um problema a ser corrigido. De forma resumida, se não causa angústia, não deve ser entendido como um distúrbio emocional ou médico. E muito menos encarado com preconceito

domingo, 15 de maio de 2011

O que é felicidade afinal?

  A felicidade não se resume àqueles itens básicos que nos venderam a vida toda como sendo sinônimo de felicidade, entre os quais obrigatoriamente estão o dinheiro e o sucesso.

É claro que o reconhecimento do mundo é algo que alimenta nosso ego e nos faz bem. E a abundância material nos proporciona muitas situações agradáveis e prazerosas.

Entretanto, quando se trata da verdadeira e genuína felicidade, nenhum poder material por si só, pode nos garantir a sua posse, simplesmente porque ela não é algo que possa ser adquirido através de uma ação externa.

O motivo é que sua raiz reside no mais profundo de nosso ser. Portanto, alcançá-la requer, acima de tudo, uma mudança radical em nossa forma de lidar com a vida e seus desafios.

Seguir os conceitos que nos foram impostos, tentando obsessivamente nos moldar a eles como forma de obter o reconhecimento do mundo e, consequentemente, a felicidade, só faz com que nos afastemos cada vez mais da possibilidade de ser feliz.

Enquanto não acordarmos para a necessidade de seguir os nossos próprios insights e nos guiarmos por eles, confiando de maneira plena que nos levarão a um estado de alegria e paz interior, seguiremos vitimas da angustia e do sofrimento, que acomete hoje grande parte da humanidade.


Agora, se me permitem, citarei uma fala de Osho que cabe muito nesse conceito de felicidade que tento descrever:

"Causas da infelicidade

Felicidade ou infelicidade não são dependentes de circunstâncias externas . Não há nem felicidade nem infelicidade nas coisas externas ; seu estado de alegria ou de tristeza depende de sua reação a essas coisas externas . Na verdade , as coisas não importam; o que importa é a sua visão das coisas ; tudo depende de como olhamos as coisas .

Assim, em suma, a importância é do indivíduo, e não do objeto: a importância está em você e não no objeto que você possui. Daí que podemos dizer que a felicidade ou a infelicidade reside dentro de nós... Nós somos a causa de nossa miséria , porque seja de que forma estejamos, nós mesmos criamos essa condição .
 

Tenha esta verdade em sua mente, porque você não pode transformar a sua vida sem ela: se você se sente infeliz, saiba que alguma coisa está errada em seu ponto de vista . Uma vida miserável é resultado de uma maneira errada de olhar para as coisas; e uma vida feliz é o resultado de uma abordagem correta em relação à vida.
 

Sempre que você se sentir miserável, tente buscar pela causa da sua infelicidade dentro de você, não do lado de fora. E então, gradualmente, você descobrirá as causas da sua infelicidade, escondidas em suas próprias reações.
Então, uma nova vida começa para você."
Osho.





os motivos de um amor não correspondido


Poucas situações na vida são mais angustiantes do que viver um amor não correspondido. No entanto, pouquíssimas são as pessoas que nunca experimentaram algo semelhante. Ou seja, amar e não ser amado é, em última instância, uma dor comum, embora bastante pessoal.

E por que será que ainda assim, sendo tão recorrente e fazendo parte da história de bilhões de seres humanos, continua sendo tão difícil lidar com o fato de que o outro não está a fim de continuar ou sequer de começar um relacionamento com a gente?

O fato é que aprender a lidar com a frustração da não correspondência de qualquer sentimento, especialmente dos mais intensos e profundos, é uma das mais duras e importantes lições de todos nós!

A começar pela capacidade de compreender que a razão de o outro não gostar de você da mesma forma que você gosta dele não tem a ver com quem você é exatamente. Ou seja, você certamente é alguém com qualidades suficientes para ser amado, entretanto, isso não é garantia para que a química de um encontro dê certo.

Quando falamos de amor, desejo e vontade, temos de considerar que sempre existe mais de uma parte envolvida. É a máxima do dito popular que avisa que "quando um não quer, dois não brigam" ou não se amam, como é o nosso caso. Mas os motivos pelos quais uma pessoa não corresponde ao seu amor estão longe de ser passíveis de explicação lógica.

Amamos e não amamos por motivos inefáveis, que não estão ao alcance das palavras ou da inteligência racional. Talvez isso explique por que, algumas vezes, amamos aquela pessoa não aprovadas pela maioria de nossos amigos e familiares. Ou por que, noutras vezes, não conseguimos amar aquela que todos dizem ser a ideal para nós, a perfeita. 

Esta é a prova de que ficar se consumindo na tentativa de compreender, logicamente, por que o outro não está correspondendo nosso amor é inútil, ineficiente e só nos faz doer mais ainda. Esta é a prova, sobretudo, de que não ser amado por determinada pessoa não é um veredito, não é uma sentença, não é o fim.

Talvez, muito pelo contrário, seja apenas o começo. Seja a nossa grande chance de descobrir uma alternativa melhor. Sim, porque não prevemos o futuro. Não sabemos o que virá. 

Certamente, já aconteceu com você de considerar um acontecimento péssimo, desastroso e, depois de alguns dias ou meses, ter se dado conta de que algo muito lindo, maravilhoso e imperdível só aconteceu porque havia o espaço deixado pelo que havia considerado um "desastre".

Enfim, não ser correspondido hoje é ruim, eu sei. Dói. E por isso mesmo, sugiro que você chore, esperneie, desabafe e faça o que for possível, dentro das opções saudáveis, de preferência, para esgotar sua frustração e se sentir melhor. Porém, não se destrua, não se acabe e não tome as circunstâncias como determinantes de sua infelicidade. Não se sinta rejeitado. Este é o sentimento que dói mais.

Permita-se viver um dia de cada vez, apostando que cada noite que chega significa que você está mais distante da tristeza e mais perto de uma nova alegria.  E siga o fluxo da existência.

E, assim, certo de que ser correspondido é tão possível quanto não ser, e que essa é uma verdade que vale para todas as pessoas deste planeta - até mesmo para aquelas consideradas as mais lindas e sensuais - levante-se, lave esse rosto, vista-se como se fosse celebrar e faça um brinde a si mesmo, ao amor e ao melhor que está por vir!




terça-feira, 26 de abril de 2011

A importância de ser escutado

Ainda hoje , em cidades pequenas , no interior do nosso país, o hábito de chegar no beiral da janela ou ficar no portão facilita o "jogar conversa fora".

É certo que este hábito cria muita fofoca e malidicência. Mas por outro lado, as pessoas sempre tem alguém para falar. As famílias moram perto umas das outras , e sempre há uma "tia"que é conhecida por ser boa ouvinte, com quem se pode desabafar.

Em cidades grandes , devido a  necessidade de segurança, isolamo-nos. comunicamo-nos muito mais virtualmente do que pessoalmente. Sem falar das distâncias e do trânsito, que impedem uma maior proximidade  com nossos familiares e amigos.

Muitas pessoas adoecem por não terem com quem falar de seus problemas , seus sonhos, seus medos, etc. Sem contar os idosos que, pela dificuldade de locomoção e a falta de independência, acabam abandonados em suas casas ou até nos asilos ou hospitais.

O que fazer? Como solcionar esre problema?

Precisamos reaprender a escutar, escutar os filhos, os pais, os amigos. Pode ser uma prática bem interessante.

Prestem bem atenção : estou falando em escutar e não ouvir. Uma coisa é a nossa capacidade de ouvir, e outra , bem diferente, é a atitude de escuta.

Quem escuta deve estar disposto a compartilhar a intimidade do outro. E o que abriga nossa intimidade? Abriga as nossas decisões, interesses e motivações, o que a pessoa percebe, sente , pensa, recorda, projeta e faz; as consequências de tudo isto ; as intenções que a animaram, as frustrações que sobrevieram; as alegrias; as tristezas; os êxitos e os fracassos.

Isto quer dizer que temos um mundo interior rico e complexo , normalmente blindado para estranhos. Mas é nesse mundo onde nascem nossos ideais, de onde brotam nossas idéias e , se não   os     compartilhamos, esses projetos acabam por não se realizar.

O fenômeno das redes sociais é hoje uma realidade onde as pessoas trocam idéias, saem de si mesmas, dividem alegrias e tristezas, trocam informação, contato e tanto mais.

Essa nova forma de comunicação virtual é útil e necessária, mas não substitui a presença fisica de uma pessoa com um ouvido atento, com uma vontade decidida  de penetrar dentro do que é possivel, na intimidade do outro para oferecer um estimulo, uma palavra de ânimo, um conselho, um consolo e , muitas vezes, um silêncio eloquente e respeitoso, cheio de carinho.

A intimidade só consegue a sua posse definitiva e sua plenitude  quando compartilhada com outros. É  tão imperiosa a necessidade humana de falar que, na ausência do outro a quem dirigir a palavra, a pessoa não resiste ao seu murmúrio interior e fala consigo própria. É falar ou arrebentar.

Por isso essa necessidade crucial do diáogo. Precisamos que nos escutem porque se alguém nos entende , acabamos por nos entender a nós mesmos.

Se quisermos treinar esta atitude de verdadeiramente escutar, é bem fácil. Quando alguém chega do seu lado, contenha-se. Acolha com o olhar, com a postura ( desligando a TV, fechando o jornal, ou desligando o celular ) e dê um tempo para que aquela intimidade, muitas vezes sofrida, solte-se e encontre em você esta deliciosa acolhida. Você certamente ganhará com isso.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Agressividade das crianças




Quando falamos em bebês e crianças pequenas logo vem aquela vontade de estar perto deles, apertá-los, brincar com eles, pois além de serem fofos, trazem uma sensação de conforto e paz muito boa.
Mas, às vezes, nos deparamos com os "pitbebês", aqueles que dá medo até de chegar perto: eles adoram bater, gritar, morder. Como pode uma criança tão pequenina mostrar um comportamento tão agressivo?
É claro que os bebês não são culpados por essas reações, na maioria dos casos eles agem por instinto. Freud, em sua teoria da personalidade, já dizia que, ao nascer, o homem tem apenas a primeira estrutura, o Id, que representa os instintos.
Nos primeiros anos de vida precisamos ser atendidos imediatamente em nossas necessidades, e é exatamente isso que os bebês procuram. Bebês vão em busca de resultados rápidos, são impacientes.
Alguns psicólogos dizem que há evidências suficientes de que a agressão é uma reação predominante, senão inevitável, à frustração. E vale observar que os bebês têm dificuldades em controlar suas emoções nesta fase.
Uma criança extremamente dependente poderá ficar muito frustrada e agressiva por causa de uma breve ausência da mãe, o que pode representar para uma outra criança, mais independente, uma carência suportável. No entanto, a criança mais independente poderá se sentir muito mais frustrada e passar a agredir o amigo pelo fato desse amigo ter assumido a liderança de uma brincadeira no recreio.
Assim sendo, a reação de cada um vai depender muito da personalidade da pessoa, embora a educação que seu filho recebe dentro de casa e até mesmo na escola, possa ser uma das causas desse estranho comportamento.
É muito comum encontrar pais que, por receio de que seus filhos se tornem crianças muito passivas, estimulam e reforçam positivamente os atos agressivos: "Filho, você tem que aprender a se defender. Quando um amiguinho te bater, você deve fazer o mesmo".
Muitos pais, ao verem seus filhos chorar e espernear por não tolerar alguma contrariedade, acabam cedendo a todas as vontades do filho. A cada vez que situações como essas acontecem, a criança aprende que funciona gritar, espernear e chutar para conseguir o que quer, e acaba repetindo esse comportamento.
É importante que os pais tenham uma ação segura e firme, porém carinhosa que ajude a criança a estruturar seu ego e controlar seus acessos de raiva de forma mais rápida. Tente fazer com que seu filho compreenda que cada ação provoca uma reação, que poderá ser de aprovação ou de restrição.
Por isso, às vezes, deixar de fazer algo que a criança goste muito também funciona, pois ela vai perceber que não consegue tudo que quer agressivamente. Além de aprender a ouvir o não, o que é muito difícil entre as crianças. O melhor é ir acostumando a criança desde pequena a respeitar as decisões dos pais. Mas tome cuidado para não exagerar nas proibições!

Bola: a melhor amiga da criança




Qual bebê não fica fascinado ao ver uma bola? Por que esse objeto causa frenesi nessas criaturas tão fofas? É curioso notar a lista enorme de benefícios provocados pela esfera na infância, seja no desenvolvimento moral, físico ou psicológico da criança.
Pra começar, a bola, muito antes de rolar, já conquistou a simpatia dos pais por ser um instrumento barato, divertido, encontrado em qualquer loja da esquina, além de ser acessível a todas as classes sociais. Se formos analisar a importância da bola na questão do estímulo à atividade física, o simples fato do bebê engatinhar, correr ou até mesmo espernear atrás da bola contribui para que o corpo adquira mais cedo o seu equilíbrio, coordenação motora e força muscular. Os pais precisam entender que esse tipo de brincadeira é sinônimo de bem estar físico e emocional, não podendo de forma alguma ficar de fora da rotina dos filhos.
O desenvolvimento motor através da prática regular de atividades com bolas, independente de qual brincadeira feita, tem ação direta na prevenção de problemas cada dia mais comuns na vida das crianças, como a obesidade infantil. As crianças que durante os primeiros anos de vida praticam exercícios, como jogar bola, tenderão a manter um padrão de atividade física mais alto no decorrer da infância, adolescência e vida adulta, evitando o sedentarismo precoce e o aumento de peso exagerado, que não é benéfico para a saúde. Por tudo isso, a bola deve estar presente no cotidiano da criança, como um fiel parceiro.
. A bola tem um poder fantástico no inconsciente infantil. Ela não pode ser trocada por computadores ou pela televisão. A bola chama a atenção das crianças entre outras coisas por percorrer facilmente o trajeto, por ser colorida. Outro ponto a destacar é a sensação provocada pela reação ao impacto causado ao empregar velocidade à bola, reforçando a auto-confiança, tão importante nessa fase.
O poder do simples objeto redondo não para por aí. A bola é também utilizada para fins terapêuticos. O alongamento e relaxamento na bola terapêutica é uma terapia que promove o condicionamento físico de uma forma mais prazerosa, suavizando a dor. Para isso são utilizados vários tipos de bolas terapêuticas (grandes e pequenas), que permitem um bom posicionamento corporal durante os exercícios de alongamento. Na infância, o tratamento com bola é direcionado a problemas respiratórios, déficit de equilíbrio e coordenação motora, ganho ou perda de massa muscular, instabilidade das articulações e escoliose.
Em um país como o Brasil, reconhecido por sua inquestionável habilidade com a bola, seja com os pés (futebol) ou com as mãos (voleibol), o domínio da redonda inicia-se logo na infância. Basta ver que esportistas famosos e saudáveis, como Pelé e Ronaldinho Gaúcho, que, desde criancinha, viam a bola como um amigo do peito. A bola pode não trazer a fama desses dois craques mundiais, mas pode fazer de seu filho um campeão em saúde.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A importância do brincar

Que adulto não recorda dos velhos tempos de criança, onde brincadeiras eram ensinadas entre os amigos, vizinhos e promoviam, além de divertimento , a manutenção da saúde  e do desenvolvimento psicomotor.

Nos dias de hoje , a preocupação continua sendo a mesma: da criança interagir em grupo e desenvolver-se. Porém os meios que favorecem esse acontecimento mudaram do lúdico para o supertecnológico. Algumas crianças são assim, passam grande parte do tempo jogando no computador e no video-game, enquanto o playground do prédio está quase vazio com um sol convidativo para se brincar ao ar livre.

Muitos pais devem estar se perguntando; como fazer e por onde começar?

Em vários livros de  psicologia que tratam do desenvolvimento infantil, exemplos são dados mas não encontramos receitas  prontas que indiquem os itens que devemos seguir . O que está ocorrendo ,  segundo algumas publicações em revistas cientificas e jornais, é a numerosa procura por soluções alternativas , onde as crianças possam gastar sua energia,

Um exemplo conhecido é aquele que, quanto mais atividades a criança abranger (inglês, natação entre outras) , melhor será seu desempenho. Atividades extras, são extremamente produtivas, todavia não englobam tudo.

As vezes , as crianças  conseguem dar conta de todos os afazeres , apenas não possuem tempo para a tarefa principal desta fase, que é o brincar, pois seguem horários até para a diversão.

Ao pensarmos na importância do brincar no desenvolvimento global, encontramos na literatura que o jogo, seja de que tipo for, é o meio natural da criança se autoexpressar, já que detem a oportunidade  de libertar seus sentimentos  e descontentamentos, através da utilização do brinquedo. Na psicoterapia esta interação  compõem a ludoterapia.
A criança tem dentro de si potencial e este emerge nas situações de sua vida, e nestes momentos , o individuo apresenta ao mundo seu ritmo e sua harmonia. E o brinquedo nada mais é do que a linguagem da criança.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A hora do banho com muita brincadeira 2

Como estava falando no outro post e não consegui concluir ,vou continuar neste post, ok? Para entreter e estimular a linguagem oral, cante músicas que falem de água,de barquinhos.Durante a canção, faça movimentos com o corpo do bebê para frente e para trás e brinque com a água.
Durante a brincadeira, segure firme o bebê. Às vezes, eles se empolgam e podem escorregar na banheira com um movimento brusco do corpo. Fique atento também para não deixar a água com sabão espirrar nos olhos da criança. Qualquer descuido pode acabar com a brincadeira.
Sempre que possível, chame o pai ou os irmãos mais velhos para participar. Enquanto a mãe dá o banho, o papai e os irmãozinhos podem estimular o aprendizado do pequenino com brincadeiras simples como esconde-esconde usando a toalha. Inventando novas brincadeiras , e o que é mais importante,criando um momento em que todos podem participar.